Baboseiras
Tantas baboseiras
Fazem-me entorpecer
Os sentidos,
Ou melhor!
Os que ainda tenho.
São várias torturas
Pressão psicológica,
Pressão por resultados,
Pressão na sua própria casa,
E só nos restam às loucuras.
As adversidades não param,
Entretanto para tudo isso
Tem um dedo tecnológico
Da temida globalização.
Gente fale,
Gente Enrica,
Gente prospera,
Gente morre.
E a nossa própria gente?
Regozijo quando falo
Improviso quando entalo
Só para viver de aparência.
São os novos tempos,
A era da informação,
A era daqueles
Que ainda não tem pão,
Triste entender
Que a pobre migalha
Da ceia do humilde,
Faz no pescoço do poderoso
Uma medalha
De desonestidade
Em prol da sua vaidade.