cidades despidas
não há nada que digam as nuvens
que as sombras não saibam
não há nada que digam as chuvas
que as paredes não sintam
e nossas cidades,
depois de erigidas,
esperam que os céus
lhes digam os caminhos
porém nunca adivinham,
muito mais crescidas,
quais foram os destinos
retidos nos céus