UM SER
Um ser que sorri para o espelho
Que quase atravessa paredes
Que se deita nas redes
Preguiçosas redes beira-mar
Que ama o rebuliço e a calmaria
Que adora poesia
...
Onde andaria? Onde andaria?
...
Talvez nas grutas secretas
Talvez nas ruas prediletas
Sob o luar
Um ser que vive a conjugar um verbo
O verbo amar
Um ser que se identifica com a vida
Que não teme a lida
E segue o rastro das estrelas...
Um ser que abrigo no peito, no mais recôndito de mim
Que ama o jardim