CONSOLO
A gente nasce,
Cresce,
Fica bobo e casa...
Descasa.
Cria caso,
Não faz caso
Do descaso.
Muda de casa,
De casca,
De classificação.
Se apega,
Se apaga...
Aí vem o estresse
E a gente padece
Entristece,
Endurece,
Vira bicho,
Se sente um lixo
E quase enlouquece.
E mesmo com tanta prece
Um dia a gente envelhece.
Aí tudo desce,
Empalidece...
A alegria da quermesse
Nem sempre apetece...
Só um consolo
Nos aquece:
O corpo padece,
Envelhece,
Apodrece,
Desaparece,
Mas a essência
Permanece.
E em meio a tanto estresse
Só o amor
Rejuvenesce.