DESTINO
tentando entender
os passos dados no escuro
a mão que tece as dores e os sonhos
que me conhece mais do que eu mesma
abre e fecha as portas por onde passo
e guia o barco em que navego
tentando desviar
dos ecos dos meus próprios passos
fugir do alcance dessa mão tirana
buscar chaves ocultas para portas insólitas
e jogar no mar minha bússola
para que meu destino se cumpra
sem vendas, sem névoas, sem ataduras
em minha carta de alforria
Helenice Priedols