Montanha.
Mais uma vez persisto, mais uma
Eu fraquejo, não desisto
Vou em frente atento, em relento
No decorrer do pesadelo me mantenho.
Se cair levanto, com dor e feridas
Carrego cicatrizes e melancolia
Meu choro é seco, não há lágrimas.
Meu peito é pasto vazio, à espera d'chuva.
Acolhe-me, me dá amor, e me deixa livre.
Me dá seu calor quando eu precisar
Deixa-me respirar
Sabes que não darei um passo à frente sem ti
Espero, calado
Parado não
As montanhas há de me ensinar
O que tanto preciso
As areias escorrem
Seu vasto corpo envolto de branco
Conta em seus grãos e gotas
Que o tempo é quem manda
Por que é assim
Eu amaria responder
Já tentei entender
E não foi fácil.