Seu mundo e nada mais
coisas acontecem dentro do seu irreflexo olhar.
fito-o e não há pontos pra mergulhar.
fico à margem desse mundo por aonde vai,
e ouso imaginar que deve existir, por lá,
burburinhos de maresia e sopapos de vento em velas...
deve existir perícia cadenciada ziguezagueando entre abrolhos,
quando navega pra longe, mais longe do que pode lhe despertar.
nuvens largam a harpa e as palavras se recolhem, enquanto
beiro linhas d’águas dos seus olhos.
o silêncio faz-se comando nessas horas,
quando seus olhos se distanciam dos meus,
estes cais, abandonados nos seus.