Qual será a última palavra de um deus?
Ou de um rei ou príncipe.
Qual será a última palavra?
O último fonema.
O último pensamento.
Um devaneio dirige a brisa
distraída que ainda
roça em faces
embrutecidas.
A manhã com sua delicadeza
luminosa vai iluminando
aos poucos e
lentamente
até que quando o sol
já pungente
finalmente nos
faça esquecer
completamente das trevas
e da solidão.
E se essa última expressão
não for dirigida a ninguém?
Nem aos filhos,
nem as criaturas,
nem aos súditos,
e nem as criadas.
E se foi murmúrio
solene e piedoso.
Como é dolorosa
a auto-piedade!
Estar diante da dor.
Da própria dor.
E sem ter corpo
e nem alma para
suportá-la.
Qual será a última carta do viajante?
Será de despedida?
Terá escrito tudo?
Ou amargou aquela
falta de palavras
cortada com silêncio cáustico
da infelicidade clássica.
Hoje fico a pensar na última
palavra
de qualquer ser humano.
Como um lirismo fatal
que escorre pelo ar...
ecoa e guarda
sua semântica
enigmática
para a eternidade qualquer.
Quem ouviu.
Quem não ouviu.
Entendeu ou não...
Ficou a palavra.
Contraponto do silêncio
Gravada no tempo
A roçar na memória
com reticências
esperançosas...
Ou de um rei ou príncipe.
Qual será a última palavra?
O último fonema.
O último pensamento.
Um devaneio dirige a brisa
distraída que ainda
roça em faces
embrutecidas.
A manhã com sua delicadeza
luminosa vai iluminando
aos poucos e
lentamente
até que quando o sol
já pungente
finalmente nos
faça esquecer
completamente das trevas
e da solidão.
E se essa última expressão
não for dirigida a ninguém?
Nem aos filhos,
nem as criaturas,
nem aos súditos,
e nem as criadas.
E se foi murmúrio
solene e piedoso.
Como é dolorosa
a auto-piedade!
Estar diante da dor.
Da própria dor.
E sem ter corpo
e nem alma para
suportá-la.
Qual será a última carta do viajante?
Será de despedida?
Terá escrito tudo?
Ou amargou aquela
falta de palavras
cortada com silêncio cáustico
da infelicidade clássica.
Hoje fico a pensar na última
palavra
de qualquer ser humano.
Como um lirismo fatal
que escorre pelo ar...
ecoa e guarda
sua semântica
enigmática
para a eternidade qualquer.
Quem ouviu.
Quem não ouviu.
Entendeu ou não...
Ficou a palavra.
Contraponto do silêncio
Gravada no tempo
A roçar na memória
com reticências
esperançosas...