Canção das lágrimas
A terra não tem importância
Não há importância alguma
No cheiro da terra quente.
O mormaço da tarde é triste
e nele a terra não se sobressai.
A chuva se impõe à quentura da terra
e não se estanca na crueza do asfalto.
Milhões de anos sucederam-se
E terra e água agora cabem num átimo,
no lapso de um tempo que não se conta,
e que apenas se desfaz em água.
E a água, a esperada água,
Lava o suor amarelado dos homens
E os iguala em nome, forma e cores.
Ela não tem tempo , nem espaço
É inodora e lava todo o mêdo
Todo o ódio e todo o amor.
Quando as primeiras chuvas chegarem
Depois da crua estiagem dos meus dias
Verterei água dos meus olhos
Que escorrerá pelo meu corpo fatigado.
Esse pranto de terra sêca,
que salga a pele , que lava a alma
numa desesperada depuração.
Marcia Tigani_abril 2014
A terra não tem importância
Não há importância alguma
No cheiro da terra quente.
O mormaço da tarde é triste
e nele a terra não se sobressai.
A chuva se impõe à quentura da terra
e não se estanca na crueza do asfalto.
Milhões de anos sucederam-se
E terra e água agora cabem num átimo,
no lapso de um tempo que não se conta,
e que apenas se desfaz em água.
E a água, a esperada água,
Lava o suor amarelado dos homens
E os iguala em nome, forma e cores.
Ela não tem tempo , nem espaço
É inodora e lava todo o mêdo
Todo o ódio e todo o amor.
Quando as primeiras chuvas chegarem
Depois da crua estiagem dos meus dias
Verterei água dos meus olhos
Que escorrerá pelo meu corpo fatigado.
Esse pranto de terra sêca,
que salga a pele , que lava a alma
numa desesperada depuração.
Marcia Tigani_abril 2014