Sopro de vida
Nasceu órfão,
Sem céu nem chão,
Às brisas queimava asas,
Intimidando furacão.
Casou viúvo,
Sem leito ou flama,
Aos vãos perseguia sombras,
Afastando solidão.
Procriou estéril,
Sem mel, sem nome,
Às ondas trazia plumas,
Implorando perdição.
Morreu animado,
Com choro e prece,
Aos aléns soprava amores,
Despertando compaixão.