Às cegas, viandante,
prossigo ilacerável,
ao resgatar do mundo
das ideias - outros ritos.
Mas o tempo implacável
se desdobrou em ciclos,
a configurar dois lados:
- escuridão e claridade.
E na luz do poeta,
sobrevivo...
das migalhas e ditos,
imerso em conjecturas,
paúras transcendentes,
a escorrer luculentamente,
o sêmen jactuoso,
dos pensamentos,
que se desprendem,
do corpo - virilmente.
O copo está vazio e,
transbordante...
sem cores...
e a hora cintila,
em versos e ilações...
Não sei se voo
ou se passo...
através da janela
ensombrada...
pelo meus sopros.
E, uma cortina de prata,
se abre em leque,
e a luz se revela,
espontaneamente,
ao traduzir,
em prosa e versos
a cascata superior,
que me alimenta:
pão, água, vinho,
à mesa, do infinito,
muito além dos sentidos...
, E, a cegueira momentânea,
se parte,
torno-me um divisor...
de palavras.
E assim, elevo-me num lago
azul, transparente...
ao depurar-me,
torno-me em palavras e espírito!
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