Pensar na vida; uma vida acesa:
Beber fogo em cada esquina
Sentir o gosto amargo do ópio,
Tragar o vinho de muitas décadas.
Ir além do veneno que se compra.
Gotejante à espreita de porta aberta.
Passar a enxergar um novo mundo
Levitar além das estrelas frias...
Será tarde talvez para aprender.
Mas o peso das cores descintilaram
Atrás de mim - prevejo escuridão.
Tarde, faz-se tarde, para retroceder.
Cuspo saliva presa que me confunde
Peso-me mais que o ar da orgia.
Sufoco-me por entre quatro paredes
Porém, devo varrer, de vez, o pó,
Sair na chuva - me lavar à seco,
(de silêncios mornos...)
Não haverá tempo: a porta se fechou.
Ouço gemidos de mim - entorpeço.
Escorrem-se vinhedos centenários,
(de milhões de cores...)
Outro arco-íris passa por mim,
Desprendo-me líquidamente, evaporo.
Sou um pássaro preso na garganta,
De repente caí num chão constelado
(de aforismo; e ismos de mim).
Beber nunca mais...
quiçá, roer outra estrela,
Meus dentes se des(constelaram).
E só reescreverei roendo...
Palavruras enigmáticas,
ou inquisidoras -
(labirinticas - de mim).
E, que cada silêncio - parta,
Siga seu curso sem fim...
Infinitudes... De um talvez,
Pois, voejei fingindo...
Ao ter em minhas mãos,
Um pouco da coisa na coisa,
Que irrefutavelemnte,
Ainda - Seja Bela!