O guerreiro e a utopia
Não quebro paradigmas.
Caminho sobre eles;
Sobre o eixo das possibilidades,
Como um louco sedento e varrido
Em busca da fonte do sintagma.
Mi’nhalma, amalgamada
Por metais amargos,
Nunca cospe o gosto da doçura;
Perder a ternura? Jamais...
Arrasto-me pelas correntes febris
De torpes desenganos,
Até algum remoto remanso;
É aí então, que, amiúde,
Salto como um destino
Sobre o lombo da verdadeira
E eterna onda de correnteza,
Justo quando ela, distraída se trai
E se mostra nua sobre o dorso
Da estrada das realizações.
Ela passa arrastando sem pena
Guardiões, cegos e sábios de castelos
Que foram assuntos de areias e mares.
Medos que não afundam nem rodam,
Fica tontos, girando e girando à deriva,
Na memória da eterna mente.
A verdade que se perdera em pranto,
Que jazia só, na alma do infinito,
Raia como um sol ardente.
Agora queima! Queima cara pálida!
Teima em arder de alegria!
Raiou! Raiou! Veja a tez de um novo dia!
Descobriste o verso e o reverso,
Encontraste o sonho do universo,
De tanto que exploraste tanto a utopia,