Fascínio de ver a luz...
Oh luz branca do sol,
Teus raios lúmenes
Estão nos fótons que libera.
Esbarrando na atmosfera
A refração tinge de azul
O céu da nossa terra.
Oh abóboda de farol
Teus reflexos iludem
Teu poeta, teu escritor.
A tela do teu pintor
Tinge teu firmamento
Azulando nossa esfera.
Luz que desnuda
A face da escuridão,
Luz que fecunda
Os brios do coração,
Responde a pergunta
Por que brilhas então?
Na negritude da matéria escura
Sem os fótons para alumina-la,
A quietude da antimatéria pura
Não há jeito de admira-la.
Onde jaz tua brancura?
Onde escondes tua luminária?
Como posso ver
Além do buraco negro
Se tu pintas de preto
Tua escuridão?
Como posso dizer
Em versos o teu segredo
Se escondes nos becos
Tua iluminação?
Só me resta a abordagem
No encanto que o brilho induz
E faço-me essa homenagem
Ao fascínio de ver a luz.