Alma conjurada
Queria, ser um sábio entre os sábios.
Mas, nem tão sábio demais.
Queria, viver menos às custas das mesmas rotinas.
Mas, quem me conteria?
Queria, afugentar meu ego e enterrá-lo no cemitério das indagações.
Mas, julgariam-me.
Queria, perpassar toda angustia sem ao menos me questionar.
Mas, quem está livre da consciência?
Queria, errar pormenor propósito, e, reconhecer com mais propósito.
Mas, perfeito não há ninguém.
Queria, ser o normal menos inconstante.
Mas, quem me entenderia?
Queria, encorajar meu lado mais absurdo
Mas, me falta coragem.
Quem então eu seria?
Mais um a percorrer as mesmas esquinas.