A-quietude do Abismo

Os campos abertos, santos

Coberto de corvos

Crocitando apaixonadamente

Pela vida que se foi

O ar pesado e pesadelo

Invade a realidade alheia

Fixa na respiração pesarosa

Ensandecendo e asfixiando

Entremeio a lucidez

Um grito desesperado surge

Resgatando da treva instalada

A alma no bico do abutre

Um sufrágio alivia

Tira do estiolamento

A carne prosternada, perece

A alma penada, eleva

Arthur Barbosa
Enviado por Arthur Barbosa em 03/09/2013
Código do texto: T4464511
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