As Vozes do vento.
Ouço. Ouço vozes, vozes de alguém...
São vozes que ouço vindas d’além
Como ecos, em cômodos nas casas vazias,
De almas tristes aquém das alegrias
Vozes sofridas, alaridos de ninguém.
Teimo, em achar que são os ventos!
Os zum-zuns, vozear, silvos e lamentos...
Em redemoinhos indo alto nos arvoredos
Descendo campanas, adentrando janelas
Volitando, sussurrando rumores e arremedos!
Em bate-bate de portas, nas vias, ruelas,
Trazendo carpir aos pés do ouvido.
Mesmo aos destemidos da certa agrura
Imaginar que nesse mundo, circo de horrores,
Nas ruas vazias, nos casebres, nas mansões,
Não há silêncio mesmo no vazio dos corações.
E os vozerios deste e d’outros mundos,
Aos poucos, descerrados de calabouços senis
Acometem-nos eriçando, causando calafrios.
Pensamentos, palavras que o vento leva e ais...
Aos turbilhões, vige no tempo, atemporais...
Revelados segredos... Desditas de Ser infeliz
Dá medo ouvir dizer, o tudo que o vento diz...
*REEDITADO.
Ouço. Ouço vozes, vozes de alguém...
São vozes que ouço vindas d’além
Como ecos, em cômodos nas casas vazias,
De almas tristes aquém das alegrias
Vozes sofridas, alaridos de ninguém.
Teimo, em achar que são os ventos!
Os zum-zuns, vozear, silvos e lamentos...
Em redemoinhos indo alto nos arvoredos
Descendo campanas, adentrando janelas
Volitando, sussurrando rumores e arremedos!
Em bate-bate de portas, nas vias, ruelas,
Trazendo carpir aos pés do ouvido.
Mesmo aos destemidos da certa agrura
Imaginar que nesse mundo, circo de horrores,
Nas ruas vazias, nos casebres, nas mansões,
Não há silêncio mesmo no vazio dos corações.
E os vozerios deste e d’outros mundos,
Aos poucos, descerrados de calabouços senis
Acometem-nos eriçando, causando calafrios.
Pensamentos, palavras que o vento leva e ais...
Aos turbilhões, vige no tempo, atemporais...
Revelados segredos... Desditas de Ser infeliz
Dá medo ouvir dizer, o tudo que o vento diz...
*REEDITADO.