Papel Ao Vento
E assim voa,
Voa na bruma da manhã,
Voa, voa no sossego.
E no corpo que voa no momento,
Entrega na beleza o tempo,
Voa, voa, na maravilha do mundo.
É um versar de amor,
Uma valsa dos cisnes em leves passos.
Ah... Há também o devaneio que embriaga
E penetra, não machuca, mas penetra.
É um versar de amor...
Que voa, voa no firmamento,
Abrindo o assobio do vento
E vai voando, voando...
Na polpa do tempo, no beijo carente,
Voando, voando na leveza,
Sem nenhum olhar decadente.
É um versar de amor,
Uma velha cantiga de infância,
É um papel ao vento, voando, voando, voando...