PÓ... SOMENTE PÓ...*
Na vida o início e o fim é pó...
Com isto, o ser vivente anda só...
É o inevitável que se agiganta,
E ante o homem se levanta...
Luta inglória que o sentido supera...
Num instante, tudo volta a ser terra...
Conflito solitário e desesperado
No qual, seguem os homens irmanados...
Formam um rebanho de condenados
Cumprindo sentença, isolados...
É mal irremediável... Amargura
Que o destino de todos costura...
Inconformados, buscam o progresso
E nada descobrem... Só insucesso...
A interrogação prossegue, persiste
Vida e morte em que consiste?
Será que há volta neste: Tudo é nada?
A vida é pra todos simples temporada?
Há um silêncio vítreo que é constante
E mantém este mistério, importante...
É um fato que não tem explicação,
Que ocupa os sentimentos, a emoção
E não há quem não comprove:
Pois, tudo que é vivo, morre...**
Ibernise M. Morais Silva. Recife (PE), 16.06.1970.
Excerto do Poema
Esta é uma questão muito antiga e motivou Filósofos, até mesmo, antes de Sócrates (Fragmentos de Heráclito e Parmênides _530 a.C - 460 a.C), da filosofia de Platão e de Aristóteles, e dos Gnósticos.Na modernidade vale lembrar Kierkegaard (1813-1855),quando estas discussões partem de questões do cotidiano em direção a universalidade. Em outra linha, F. Nietzsche (1844-1900), W. Dilthey (1833-1911), e o fundador da fenomenologia E. Hussel (1859-1938), todos influenciaram Heidegger (1889-1976), em “O Ser e o Tempo”: Para este, “... O homem está fora das coisas nunca sendo completamente absorvido por elas, mesmo não sendo nada, à parte delas...” Não é então ninguém em particular, é uma estrutura “o eles”. Estabelencendo um elo com Sartre em “ O Ser e o Nada”.
O poema, abre espaço para o fato que a sociedade tecnológica está colocando em cheque a humanidade, isto reflete na questão do Ser. Para que o homem saia da alienação e encontre sua forma mais autêntica.À luz de Heidegger, o homem desperta pra si mesmo, na angústia, que é sóbria... Nela todas as coisas em que o homem está mergulhado se afastam e êle se vê afundado em um NADA, em NENHUM lugar. Em meio a tudo o homem páira isolado, neste vazio se depara com a imcompletude de seu projeto de vida limitado pela morte que ele não pode evitar.Assim, tbém Jean Paul Sartre (1905-1980)considera "o eles" (Categoria abstrata)que reafirma o ser ao nivel das idéias, ou seja a existência humana é resolvida no NADA e sua função niilizante...
* Núcleo Temático Filosófico
Ibernise.Indiara(GO),11.out.2006.
** Obra Protegida_Direitos Autorais Reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998.
Na vida o início e o fim é pó...
Com isto, o ser vivente anda só...
É o inevitável que se agiganta,
E ante o homem se levanta...
Luta inglória que o sentido supera...
Num instante, tudo volta a ser terra...
Conflito solitário e desesperado
No qual, seguem os homens irmanados...
Formam um rebanho de condenados
Cumprindo sentença, isolados...
É mal irremediável... Amargura
Que o destino de todos costura...
Inconformados, buscam o progresso
E nada descobrem... Só insucesso...
A interrogação prossegue, persiste
Vida e morte em que consiste?
Será que há volta neste: Tudo é nada?
A vida é pra todos simples temporada?
Há um silêncio vítreo que é constante
E mantém este mistério, importante...
É um fato que não tem explicação,
Que ocupa os sentimentos, a emoção
E não há quem não comprove:
Pois, tudo que é vivo, morre...**
Ibernise M. Morais Silva. Recife (PE), 16.06.1970.
Excerto do Poema
Esta é uma questão muito antiga e motivou Filósofos, até mesmo, antes de Sócrates (Fragmentos de Heráclito e Parmênides _530 a.C - 460 a.C), da filosofia de Platão e de Aristóteles, e dos Gnósticos.Na modernidade vale lembrar Kierkegaard (1813-1855),quando estas discussões partem de questões do cotidiano em direção a universalidade. Em outra linha, F. Nietzsche (1844-1900), W. Dilthey (1833-1911), e o fundador da fenomenologia E. Hussel (1859-1938), todos influenciaram Heidegger (1889-1976), em “O Ser e o Tempo”: Para este, “... O homem está fora das coisas nunca sendo completamente absorvido por elas, mesmo não sendo nada, à parte delas...” Não é então ninguém em particular, é uma estrutura “o eles”. Estabelencendo um elo com Sartre em “ O Ser e o Nada”.
O poema, abre espaço para o fato que a sociedade tecnológica está colocando em cheque a humanidade, isto reflete na questão do Ser. Para que o homem saia da alienação e encontre sua forma mais autêntica.À luz de Heidegger, o homem desperta pra si mesmo, na angústia, que é sóbria... Nela todas as coisas em que o homem está mergulhado se afastam e êle se vê afundado em um NADA, em NENHUM lugar. Em meio a tudo o homem páira isolado, neste vazio se depara com a imcompletude de seu projeto de vida limitado pela morte que ele não pode evitar.Assim, tbém Jean Paul Sartre (1905-1980)considera "o eles" (Categoria abstrata)que reafirma o ser ao nivel das idéias, ou seja a existência humana é resolvida no NADA e sua função niilizante...
* Núcleo Temático Filosófico
Ibernise.Indiara(GO),11.out.2006.
** Obra Protegida_Direitos Autorais Reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998.