GRITAREI ATÉ QUE A VOZ ME DOA
Minha voz, que não se deixa castrar,
deixo que o vento a leve,
até que poise, nas estames das flores,
ou no acre colo da solidão.
Pela brisa sempre se faz acompanhar,
levando um pouco de sua
solidez, aos que são mais necessitados,
e se deixam vencer pelo cansaço.
Ao mundo ela pertence e se agiganta,
quando se depara com a
iniquidade, que fere e mata, a dignidade
e toda a humanidade, que
é pertença devida, de todo o ser humano.
E eis não se cala, no propósito
de levar, a todos quantos se atemorizam,
a verdade, que lhes cabe.
E até que esta minha voz me doa, omissa
não será nem passiva,
pois que de peito aberto, bem alto há-de
gritar, por um mundo mais justo.
Jorge Humberto
10/12/11