cidade de aço

cidade de aço

pedaços de ferro retorcidos

o ofício que faço

é amarar os cadarços

de sapatos coloridos

inseminações artificiais

sem sentimentalismo

suturas em corpos ressequidos

sutis gargalhadas de sapos e cotias

desassistidos pela madrugada

policiais a paisana

desembainham espadas

sobre uma população sonolenta

mas que já foi ensandecida

sonhos de mentes sofridas

ou, sabe-se lá, suprimidas

que vida que vida que vida!

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 06/12/2011
Código do texto: T3374405
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.