UM AMOR FUGIDIO...


O inexorável tempo seguia seu ritmo

de relógio,

e só parou quando faltou a pilha

propulsora

de todos os minutos desta minha

corrida vida.


Ela nem queria saber das horas...

ela apenas pulava

os ponteiros...e nem se incomodava

muito

porque a vida ainda lhe sorria toda

contente e farta.


Acabei de ler um texto lapidar

e estou lapidado...

na acepção mais certa da palavra

de um aqui jaz

sem contudo jazer...e penso:

melhor pensar nela

que aviva a minha chama,

e desfaz este soturno jaz.


Ela que aconteceu tão de repente

como um raio,

e que foi enredando-me em suas

palavras apaixonantes,

até que começaram a cair umas

estrelas em mim.


Mas como...? Assim tão depressa

essa identificação ancestral?

Esse saber oculto

que mostra o desvendar primordial

de uma vida

já com outra ...toda ela já vivida !


Nossa !!! O relógio...olha o relógio...

meu amor...

Ela olha...e apenas diz: agora eu

tenho de ir.


E foi...e eu fiquei apenas pensando...

pensando.

Que para nós o tempo nem existiu.

Ele partiu !  Ela também !


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Autor : Cássio Seagull em 17-10-11 SP

cseagull2@hotmail.com

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