UM DIA DE DOMINGO
Pela janela veio-me "Bom-Dia!"
A claridade revelou-me a vida
Aos poucos fui, então, abrindo os olhos
E a saudade veio-me atrevida.
O Sol brihando empurrava o tédio
Amanhecendo num calor ameno
Meio acordado e em sono meio ébrio
Num lusco-fusco encontro-me sereno.
É um domingo, sinto letargia
As horas correm, lentas, preguiçosas
Assim vai indo até acabar o dia
Segunda-feira: horas procelosas.
Entre dois mundos vai seguindo a vida
Em noites, dias, bons e maus momentos
Até que chegue a hora da partida
E noutro palco, outros movimentos.