HOMENS DE VIDRO

E o refúgio do sol

Em teus olhos

É por isto

Que não vejo lágrimas

Em teu choro mudo

Lágrimas são como folhas secas

Que se perdem no solo úmido

Nomes e datas

Se prendem nos epitáfios

E homens se perdem

Em perigosas locuções

De metáforas e provérbios

Ignorando suas intenções

Homens que se prendem

Em túmulos

Esculpidos por orações

Máscaras que caem

Disfarces são descobertos

Quebrando os frágeis corpos

Dos homens de vidro

Lágrimas, lágrimas

Lástimas, lástimas

Fragmentos de ilusão e vidro

Que se perdem no solo úmido

Homens de vidro

Alézio

indiopoeta
Enviado por indiopoeta em 16/12/2006
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