O Final
O final
Da alma, do tempo que acalma
Vida vivida de forma natural
O bem sobrepondo o mal
Águas que passam lentas
Cachoeiras calmas e atentas
Enquanto esculturas as rochas
Deixas no limo as flores que desabrocha
Tempo que fica preso no retrato
Lamentos tensos no desacato
Ouvidos das paredes eternas
Eis aqui o poeta que sucumbe
Nada é imortal, agora tão pouco
Sobre a mente desse poeta louco
Eis aqui o final.
Talmeida 18 / 08 / 1987