Poema Inominável I
Estive liberto da inimiga
Deusa Matéria
Em uma igreja
De nenhuma religião.
A igreja era alta,
Seu arco ligava-se
Às Esferas Altas
E Às Esferas Baixas.
Em frente ao meu lar,
Meu lar material
De endereço desconhecido,
A igreja estava vazia,
A igreja estava sombria,
A igreja estava silenciosa.
Não entrei na igreja,
Fiquei silenciosamente parado
A admirá-la,
Fiquei lembrando-me
Dos meus muitos passados
No tempo antigo
Dos mundos passados
Nos quais adentrei
Em outras igrejas.
A igreja de nenhuma religião,
A igreja que a mim
Não é um sim,
A igreja que a mim
Não é um não,
É a resposta dos clarões
Às indagações do meu
Cântico de solução
Para os problemas existenciais
Do meu ato de resistir.
Não me ajoelhei para orar,
A igreja é do Guerrear.