Augusta Altura
Nas ruínas dos meus Vales,
Vales nos quais sou capaz
De ter a amplitude
Do voar da perdiz mais voraz,
Perco-me a olhar
Para A Face De Krishna,
Para A Face De Buddha,
Para A Face Do Cristo...
Queria eu ser como
A Face Imperturbável
Da Chama Cósmica De Krishna!
Queria eu ser como
A Livre Senda Da Serenidade
Da Humildade Eterna De Buddha!
Queria eu ser como
A Arcangélica Virtude Soberana
Da Existência Eterna Do Cristo!
Navegaria assim pelos
Círculos Maiores Da Eternidade!
Navegaria assim pelos
Círculos Pais Do Infinito!
Seria eu uma Eternidade
De encontros
Com o meu Infinito!
Estaria ao lado
Dos Superiores
E à frente
Daquele Superior
Inominável Desconhecido!
Seria gigante,
Seria possante,
Ajudando a enxugar lágrimas
E a retirar de todos os olhos
Os inícios das lágrimas!
No Kosmos quero estar,
Quero ser como Krishna,
Quero ser como Buddha,
Quero ser como Cristo,
Coroando-me de todas
As Coroas Inomináveis
Do Alto,
Sendo um Coroado
Do Alto!
Tocar A Flauta De Krishna,
Grande meta minha!
Atingir A Serena Verdade De Buddha,
Grande não-desejo meu!
Atingir A Humildade Vencedora Do Cristo,
Objetivo primeiro meu humilde!
Vasculharia eu todas as minhas
Existências já vividas
E tentaria encontrar
A Chave Maior
Que me não faria mais
Cair aqui na Matéria
Como um menor!
Na Senda Cósmica
Quero ser Maior,
Maior como o Menor,
Menor que tudo Sabe,
Pois apenas Aqueles
Que Se Fazem Menores
Tudo Podem Saber!
Gigante em minha
Cósmica Menoridade,
Eu seria como Krishna,
Eu seria como Buddha,
Eu seria como Cristo!
Pequeno aqui ainda,
Pequeno neste Vale Terrestre,
Sou andarilho de passos silvestres,
Sou eremita de bengala firme,
Sou ignorante de minha sabedoria,
Não sou sábio,
Nem quero ser sábio,
Quero apenas ao Alto
Reerguer-me!