Realidade mórbida
Calam-se as vozes,
No silêncio mórbido,
Da noite que dorme.
Acordada! Só a morte,
Na espreita tranquila,
De corpos agonizantes,
Para levar da gente,
a nossa pura essência,
que chamamos VIDA.
Choram as vozes,
Na manhã sepulcral,
Do fim, ou do início!
Dormindo! Só ela,
que já está saciada,
por ora de seu labor.
Na lápide fria, o corpo.
Na viagem infindável
a alma, princípio de tudo.
Autor: Wilson Rosa da Fonseca