De Costas pro Mundo
De costas pro Mundo Kria me orienta.
Não sei se quero a chuva.
Não sei se quero o sol.
Basta-me a consciência.
Olhando para um horizonte desconhecido,
Imaginando o meu pedido me sustento.
Não sei qual será o monte.
Quantos tentos...
Até agora meu ser é só servidão.
Sirvo a este horizonte...
Contemplação.
Neste olhar perdido mora a noção da morte.
Hipnotizado pelas ondas...
Sem iguais que reclame.
Sentido pelo vento...
Sem sinais que engane.
Quando quero as estações mudam de acordo a sorte...
Ou a providência.
Escolha os seus cantos.
É o mundo dos sons,
Obra-prima do tempo.
Domine seus cantos.
Peça rara de dons,
Caro sentido do alento.
Senta teu ser e aprecie em volta.
Respire aliviado...
A natureza entoa vida.
Sinta teu ver e guarde em resposta.
Respire aliviado...
O supremo rege composições.
Eu não sei onde vai dar...
Quero ultrapassar essa linha.
É tênue, mas é vista.
Superar imaginações...
Ao menos um pulo que se arrisca.
Dá pra tocar, de repente...
Precipitar não é boa ação.
Quando quiser, queira, simplesmente.
Pro desejo, não importa a posição.