A TERNURA DOS SEUS CARINHOS



Sinto-me um cavalheiro sem dragão,
não estou na lua, mas caminho por estrelas.
Estou calmo feito o mar em dias sem ventos,
na suavidade de calmarias eternas,
em repouso fecundo do seu ondular.

Trago nas mãos o perfume de flores campestres,
já sinto o sol mais precioso da manhã.
Sou o mais alegre entre os grãos de areia,
que viajam sem medo no vento,
sem destino nem previsão de chegar.

Parece que o calor dos tormentos naturais,
que trazemos sempre em nossas almas,
não habitam mais em meu peito.
Meu pensar já me liberta das dores dos preconceitos,
controlando todos os meus medos.

Tenho outras bandeiras, estou em outros países,
contornando as crises que só o amor provoca.
Merecendo a valorosa medalha da existência,
neste, e em tantos outros mundos,
que ainda não conhecemos!

Festejo a vida em festas intermináveis,
canto todas as canções em infinitos ritmos,
só ousando poetar na língua dos passarinhos.
Em frenética alegria, qual criança ao brincar com bola,
desde o dia em que descobri a ternura dos seus carinhos!
Jayme Tijolin
Enviado por Jayme Tijolin em 26/02/2011
Reeditado em 18/08/2011
Código do texto: T2817055
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