Solidões povoadas
Este mundo povoado de solidões se encontrando
nas brechas d’inexprimível silente severidade,
oh mansuetude abençoada,que de paz nutre tudo
na calmaria do Bálsamo perfumado de felicidade!
E se alguém quiser ir às estrelas,basta abraçar
as mãos mais próximas que lhe sorriem, pensando,
sonhando co’alma amiga a andarejar e esperançar,
nunca um eremita,apenas uma nuvenzinha meditando!
Sentimentos tal atalaias eternos,errantes guiando,
vão transfigurando as solidões em multidões de fé,
que de conselhos silentes,a coragem vão sorvendo!
O avizinhamento mata de nossa terra o tom lívido,
carente de harmonia cósmica e mesmo contramaré,
borda-se um sonho e de amor constela-se o mundo!
Santos-SP-01/11/2006