Caminhar sombrio

 
Maculam-me a alma as adversidades da existência
Dóem-me na carne e no espírito
Seguindo a vereda da paciência
Nessa travessia, da qual necessito
Ao implacável enfraquecer hesitante
O que dizer da morte em contestação?!
Que, sem pudor, se expressa humilhante
Traz consigo tantas lágrimas!... tamanha dor!
E,  do desamor aviltante?
Desencadeante desesperar em melancolia
Traduz-se na a percepção do ser, extenuante
Que no existir se contagia
De desesperança... E de padecimento
Flagrada,  submersa ... vaga dicotomia
Desde a perda, inaceitável, da minha irmã
De onde o meu viver se fez esquisito
Não sou mais igual, vivo a esmo; vida vã
Na existência e  na não existência
Onde se encontram as reticências que cogito?
Oh! Mundo confuso!
Cá me encontro sufocada por esse grito
À  compreensão dos reveses que recuso
Leva-me ao merecimento da liberdade
À aceitação dos males subsistentes
Dissipa-me dos pensares difusos
Ao encontro do meu destino transcendente
 
 
 
 
 
rigveda
Enviado por rigveda em 18/01/2011
Reeditado em 18/01/2011
Código do texto: T2737082
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