EXORCISMO

Ninguem,

Escutou o bater acelerado

Do coração do poeta

Ninguem,

Percebeu a morte

De mais uma quimera

Somente a repetição dos dias

Foi seu alento

Como se fossem eternas

Segundas-feiras,

Todos vibraram

Com a sua canção de amor

Mas, ninguem chorou

Seu pranto de abandono

O rio segue seu curso

E o poeta

Como o seu coração

Masca a sua dor

E faz um outro poema

Zanoni Yberville
Enviado por Zanoni Yberville em 01/09/2010
Reeditado em 24/06/2013
Código do texto: T2472794
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