O AMOR DO SABIÁ

O AMOR DO SABIÁ

Sou emotivo como Ícaro

Que morre em vão pela paixão.

Sou pena e não pícaro

Não quero ser razão

Pulo de galho e galho

Canto ao vento na laranjeira

Cuidado com o piralho

Armado de atiradeira

Alimento-se de frutas

Belisco insetos

Vivo em lutas

Não sei discreto

Vejo colorida borboleta

Que me olha na leveza

Em seu tom de violeta

Servira-me de sobremesa.

André Zanarella 13-01-2010