Almas libertas

Quem observar a borboleta rósea

despojando-se da veste corpórea,

terá oitocentos anos de felicidade

e se agarrar suas asas com vontade,

aprenderá a descartar cada rebeldia

que bane a lei da correta vivência!

Engaiolará a consciência individual,

a favor de uma agregação essencial,

dois atos existenciais que coexistem,

contudo, ambiguamente se excluem!

A concomitância entre homem e mundo

é irrefutável à evolução plena da raça;

insuflando-se velas ao mar descabelado,

ambos se misturam e rasgam esperança,

prometendo-se mútua aliança de paz,

pois sem união átomo algum será capaz!

Voa borboleta,voa. Vá buscar o troféu,

pelo que suas peles desfolharam secas,

e escorregaram perdidas em suas ancas

viris,determinada a sulcar ruas no céu!

Ensin'os pobres mortais em almas fracas

a expandirem os rumos no sentido da luz,

ao talhe da benção que o homem conduz!

Humilhando o ego, derrubando as trancas

frias, que enclausuram o homem no homem,

libérrima será a revoada d'almas brancas!

Santos-SP-31/08/06

Inês Marucci
Enviado por Inês Marucci em 31/08/2006
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