A inevitável tragédia do homem
Pela última vez sonhei um momento só meu.
Minha alma purificada ascendeu
A uma patamar celestial
Em que alma ou anjo algum
Esteve. De lá vi o mal
Brotando na Terra, vi – um a um –
Homens rastejando na penúria,
Deleitando-se em orgias e proclamando injúria.
Uma silhueta de luz
Similar à de Cristo Jesus
Apontou para aquelas vis criaturas
Abomináveis; ele lamentou a inevitável desgraça...
Mas as suas mãos puras
Não trarão o declínio dessa raça
E sim, o próprio homem será a sua ruína.
É! Aids, assassinato, gripe suína...
E quem pode fazer algo pela humanidade?
Perguntei àquela sublime autoridade.
A abalável resposta me deixou mudo.
Resta esperar pela efetivação
Da trágica visagem em que tudo
Foi engolido pela destruição.
Os Deuses fecharam as portas do paraíso,
Pois todas as almas estão mortas de reflexivo juízo.
16/08/09