Confissão
Faço uma viagem astral dentro de mim
Penetro a fundo a quintessência da minha vida
Ouço vozes que me julgam e me ofendem dentro do meu ser
São apenas sons distorcidos? Ou lamentos da minha alma?
Dentro do universo de mim mesmo, me descubro, me desconheço
Vejo quantas vezes fui ridículo, quantas vezes fui vil e egoísta...
Ridículo de apostar minha esperança em outros.
Vil, por cobrar que outros entendessem o que nunca falei.
E egoísta por culpar a outros os meus fracassos...
Adentro o oculto da minha mente, a caminhar com minha consciência
E vejo que faltam pedaços de mim,
Pedaços de meus sonhos, pedaços de meu caráter...
Minha consciência (que acompanha) diz que tudo foi entregue.
Estes pedaços foram dados a outros, e neles joguei
Todos os meus sonhos, expectativas e objetivos...
Por quê? Por temer ser o que posso ser?
Por ser mais fácil empurrar meus sonhos a outros?
Assim não tinha obrigação de ser alguém?
E culparia ao mundo pelo que não fiz?
Ao viajar dentro de mim, descubro que sou de dar pena a mim mesmo
Que sou covarde, e tenho uma inclinação direta ao fracasso
Porque tenho medo de sair do conforto que o ridículo oferece
Porque tenho medo de ser diferente, de ser o melhor que posso ser
Porque ser assim (se for eu melhor) ninguém vai ter pena de mim
Porque ser assim, serei responsável por tudo que posso ser!