A Escola do (meu) Mundo
A Escola do (meu) Mundo
enquanto estiveres na porta,
não entro.
se achares que pouco importa,
invento
que a vida não é o que suporta
o momento.
o que me detém e consola
o sabor,
é achar que do mundo a escola
é o amor,
que às vezes concede uma esmola –
a dor,
que chega e me entra de sola.
a cor
do céu que do alto me esfola.
pavor
do mar ao quebrar a marola
que sou.
mas eis que me curvo de lado
e saio,
procuro um lugar descampado
e caio.
no meio do mato molhado
desmaio.
o fim que enfrenta o perigo
faliu;
o homem no meio do trigo
fugiu;
meu verso, tão subnutrido,
sumiu.
Rio, 08/06/2006