Loucura

Loucura não querer enxergar a beleza da vida, sua poesia, sua magia.

Loucura caracterizada pela embriaguez da tristeza, pela falta de compreensão de que somos senhores de nossos destinos.

Loucura não se entregar, não contemplar a beleza de um maravilhoso luar. De um sol esplendoroso, e o seu recolher, ah, que maravilhoso.

Loucura não saber louvar pela chuva abençoada, pela noite sagrada, pelo dia que sempre vem.

Pela vida que chega, pela vida que vai, num círculo maravilhoso de nascer e renascer.

Loucura é não saber agradecer.

É perder tempo na lamentação, esquecendo-se que o destino de cada um está nas suas próprias mãos. Ah, que loucura não procurar enxergar que para ser feliz neste mundo basta saber amar.

Amar, amar, sem aprisionar. Numa loucura sadia de saber libertar.

Quanta loucura há em pensar que sentido na vida não há. Que nada vale a pena, que tudo é um monte de nada. Quanta loucura não querer, não saber, não procurar enxergar.

Uma loucura de quem é louco e não é feliz. Uma loucura de se lamentar.

Ah, quanta loucura em querer desistir, em ter medo de errar, em não querer continuar. Quanta loucura em como um ser humano não se aceitar.

Ah esta loucura em nós não dá para alimentar. Quanta loucura há em não entender que um pouco louco todos nós somos, mas que somos o que somos, o que fizemos de nós, caminhando para ser aquilo que quisermos ser.

Mas, com certeza, a pior loucura é não querer amar por medo de se decepcionar. É desconhecer a força que neste sentimento há.