O que sou eu?

O que sou eu que nem sei o que sou? Quanta ignorância a cerca de algo tão íntimo, minha essência.

Como posso desfrutar de um tesouro que não conheço o valor?

Como é possível ser e não sentir-se?

Talvez por me identificar com a parte errada, ou menos importante de meu ser, apesar de importante também.

Menos ou mais é relativo. É menos ou mais em relação a que? Qual o parâmetro?

Talvez por não me dar tanta atenção, a dedicação necessária para eu ser o que tenho que ser. Para desenvolver o que preciso desenvolver.

Qual parte de mim quero ver brilhar? A única que tem luz, que é como ouro.

Talvez para me conhecer um pouco melhor, na verdade muito melhor, é o que quero, seja necessário conversar comigo mesmo mais vezes, sem medo de ouvir minhas respostas.

E para conversar comigo mesmo talvez seja necessário falar menos e ouvir-me mais.

Talvez o meu Eu mais íntimo, mais importante para mim mesmo, que tem mais a acrescentar aos que me cercam, não saiba gritar. Talvez seja no silêncio interior que eu consiga entrar em contato comigo mesmo.

Talvez seja necessário o silêncio, o calar da turbulência mental, para que eu consiga simplesmente ser.