“METI”

Bem no centro exato do miolo duro

Meti um prego

No meio do relógio

Onde os ponteiros

Cruzavam as pernas

Onde as horas

Se encontravam

E zombavam de mim, tão inseguro.

.

.

.

E o tempo esgotou-se

nesse

ato;

Agora de sapato

nem me vejo;

Agora de gravata,

já não morro;

O gato

não correu

mais do cachorro;

O rato

não roeu

mais meu desejo...