Caminho
A assimetria do meu ego,
É medida a riso e pranto
Onde paira uma pomba branca;
Donde vem para meu espanto
Pairando, também um morcego.
Na penumbra ajoelha e reza
Pra despertar essa fé que dorme,
Incrédula dor da incerteza,
Tomara, um dia se transforme.
Saciar do pão que se anseia
Sem fermento, de amargo sabor.
Da primeira à ultima ceia,
Celebrando a festa do amor.
Este Amor tão estranho, digo,
Aos olhos de um filho rebelde.
Chama-me pelo nome, eu sigo,
Nessa luta contra a maldade.
A assimetria do meu ego,
Agora não revela o santo.
A fé conduzida pela morte
Sem trono, sem coroa, sem manto…
…E à bondade eu me entrego…
25.01.2008