Caminho

A assimetria do meu ego,

É medida a riso e pranto

Onde paira uma pomba branca;

Donde vem para meu espanto

Pairando, também um morcego.

Na penumbra ajoelha e reza

Pra despertar essa fé que dorme,

Incrédula dor da incerteza,

Tomara, um dia se transforme.

Saciar do pão que se anseia

Sem fermento, de amargo sabor.

Da primeira à ultima ceia,

Celebrando a festa do amor.

Este Amor tão estranho, digo,

Aos olhos de um filho rebelde.

Chama-me pelo nome, eu sigo,

Nessa luta contra a maldade.

A assimetria do meu ego,

Agora não revela o santo.

A fé conduzida pela morte

Sem trono, sem coroa, sem manto…

…E à bondade eu me entrego…

25.01.2008

Valter Vargas
Enviado por Valter Vargas em 25/01/2008
Reeditado em 08/02/2008
Código do texto: T832490