AÇOITE

na calada da noite

eu escuto a mim mesmo

e faço um exercicio de meditação

aguênto os golpes do açoite

e fico pensando à êsmo

viajo pela regressão

procurando uma resposta

como se foce ao pé da encosta

da razão fundamental

sem saber se tudo é magia

os meus ólhos suplicam um colírio

pra melhor deslumbrar o delírio

entre a realidade e a utopía

a fronteira entre o choro e o sorriso

o ódio e o amor

nascimento e morte

o bem e o mal

e chego a conclusão fatal

de que tudo é misterioso

mexe com o sistema nervoso

da energia cósmica que emana

então recorro aos sentimentos meus

e concluo que existe deus

acima da natureza humana.

autor:VAINER DE ÁVILA (VAVÁ)

GRUPO POETAR CIA DO PORTO

TEATRO E LITERATURA

CAPÃO DA CANOA RS

Vainer de AVILA
Enviado por Vainer de AVILA em 26/12/2007
Código do texto: T792160
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