Sob o Pé de Jurubeba
Morda meus pulsos.
Quero salivas. Lascivas. A
Lacraia brilhantemente morrida
Contorce-se em expressões excitantes
Enquanto eu, inseto larval
Viro e reviro pelo cheiro atrativo
Da louca lacraia.
Aproximo e um roxo líquido sobe-me
Aos pulsos, á boca. Dos grandes lábios
Escorrem o limão o abacaxi e a roupa.
No pé de jurubeba as mariposas vem e vão
Bailando mortas e inquietas.
Peçonhenta, a lacraia
Injeta em meu pescoço
Um veneno ácido e viscoso, expondo-me
Tragicômicamente á um nu endoidecido
E fatalmente natimorto.