A Marcha Bélica do Rei Corvo

Nos tempos bélicos da humanidade,

Albatrozes de toda a sanidade,

Perfazem e perfuram,

Os ventos que sussurram.

Mas, com assas e garras,

Dentre presas e brasas,

Neste ambiente mundano,

O que é ser humano?

É vestir armaduras,

Empunhar armamentos,

Purificar raças impuras,

Refazer o significado de sofrimento?

Desprovido sentimento,

De distinguir os barulhos,

Chuva ou corrente,

O que é esse sentimento?

Somos usurpadores,

Ladrões de liberdade,

Cuja as penas tocam os senhores,

Os deuses e amores.

A última esperança,

Para os ocupantes de perseverança,

Filhos dos céus,

Tocadores dos véus.

Saúda-se o Rei Corvo,

O senhor do campo morto,

Líder bélico dos alados,

Tirano dos assombrados.

Do trono vazio,

Ao mundo esguio,

Portador da esperança,

Comandante da alta dança.

Sois alva, sois poeira,

Da tempestade sorrateira,

Amparo de plumas,

Assoalho das brumas.

Oh, soberano,

Vos agracie perante a alçada,

Da promessa aqueles perdidos,

Porventura esquecidos.

Mostre aos deuses,

Em nome de Vennentius,

Que o sopro da vida,

São asas aos desfeches.

As cores que precisamos,

Estão nos seus dizeres,

Perante as dragonas,

Faça seu coração,

Ágoras.

Somos a marcha,

Bem dizer a mancha,

Aves de Rapina,

Contra toda a sua sina.

Que perante a desgraça,

Somos predadores do oculto,

Seja o sol ébrio,

Ou o Sol Negro.

Marcharemos,

Pisando lama sob o sangue,

Através do bico que range,

Somos a última falange.

Lidere-vos com asas de aço,

Espada na mão,

Penas no braço,

Escorra-nos para a salvação.

Marchem, alados,

Para nossos aliados,

Dentre a fenda ou serpentear,

Do futuro, do destino,

Que desejamos alcançar.

Corvo Cerúleo
Enviado por Corvo Cerúleo em 05/02/2021
Código do texto: T7177264
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