Esquinas Nuas
E o vento soprava varrendo de cinza as esquinas nuas
eram tão belas e adornadas as donzelas que dançavam na chuva
o sol já raiava enfurecido sobre nossas cabeças vazias
e a tarde caía do mais alto edifício do meu ser
noite a dentro e o tempo corria mais veloz que uma lebre
despejando sobre a madrugada sangue e suor
nas esquinas outrora iluminadas um mar de lama lava nossas almas
e há quem diga que virão tempos melhores