Só Surreal

"Só surreal"

Vou

Então, sempre vou

Pois tenho um caminho

Sigo um destino

Caminhar, sempre caminhar...

Entre homens, meu pavor

Prefiro duendes, dríades, gnomos,

Magos, centauros, anjos, faunos, anões

Mundo das magias,

Realidade em forma de aparentes ilusões;

 

Vou

Vendo o que não se vê

Sim, vendo-me os olhos à mentira

Abro-os aos olhos da verdade

No mundo metafísico

Dos Sonhos reais e do genuíno Amor

Amor que dribla a dor

Sublima a lágrima, a ferida, o engano

Supera decepção, frustração

Desfaz o ódio, anula pecado,

Mágoa rancor;

 

Assume no desejo da construção

Construir sobre escombro, ruína

Miséria, perdição

Às vezes uma estendia mão

Não vazia, com um pão

Às vezes um beijo com um sorriso

Às vezes um abraço de afeto,

Levando na boca uma canção;

Vou pelo caminho do tempo,

Que não tem tempo,

Só estrada de magia, simbologia,

Incompreendida ao homem

Na sua humana razão;

 

 

Vou

Sob as águas da chuva,

Aquecendo-me à luz do sol

Trilho campos de flores, sobre seixos do riacho,

Embaixo de coposas árvores

Ouvindo o cri cricri do grilo,

O belo canto do rouxinol;

 

Vou

Galgando montanhas que levam

E me elevam ao meu, só meu, DEUS

Vou sim,

Vou pelo caminho que me conduz

À porta da eternidade,

Onde perco a minha identidade

Desfaço toda minha idade

Desfilo nos holofotes de divina luz;

 

Tenho corpo da eterna juventude,

Passos da santidade

Costurando sentimentos que me enlaçam

Só ao bem, ao iluminado

Vou na armadura que me protege

Fortalece-me

Brigar com feiticeiros, bruxos,

Contra demônios, ogres,

Íncubos, sátiras e lobos

Falsa ciência, perdidas gentes

Perdidas vidas;

Vou na parceria com a única

Autoridade

Aprendendo e ensinando o que sei

Embaixo da seleta vontade

Da Majestade

Que garante a minha

Imortalidade, sim, o meu único

SENHOR, E ETERNO REI

 

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