Licença para amar
Entre a sístole e a diálise
se perde meu coração cego,
convencido, ferido e ferindo,
sonhando que a doce ilusão
jamais o deixe desanimar
nesse destino irreverente,
suplica licença para seguir
sem sangrar de tormento
ante os percalços previstos
dos pecados involuntários
de um menino envelhecido,
que escala o amor teimoso
no destino mais acidentado,
rumo ao auge do infortúnio.