O surrealista

Moeda chinesa

bolhas explodem sobre garrafas vazias

caneca azul

boca que cospe Breton

o verdadeiro surreal

metrô que demora na Central

a amante de nome russo

vodka

pedras de São Tomé das Letras

ladra de anel do noivado

consenti

apaixonado estaria

patologia.

Deixa prismar.

Deixa filtrar.

O mundo consome agora

futuro à merda

camiseta preta minha amarela Maiakovski

branca seda minha etérea Lao-Tsé

voltar a Minas

beijar poeira vermelha

chocolate desprezado.

Estrada

estrada.

O vento é bom

deuses nascendo

belos

límpidos

fogo na mata

susto

caí

levanto.

As aves mergulham na água

na porta de um coração.

Gleidson Riff
Enviado por Gleidson Riff em 01/02/2020
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