O último sopro
No silêncio da noite,
A face de Deus sobrepôs-Se
Aos mais tristes momentos dos meus sonhos.
Do início dos dias, das horas, do tempo
Às sangrentas gotas da última chuva
Vi-O vestido de branco num corpo de criança
A correr pelo jardim das almas,
Brincando entre corpos caídos
Já desvanecidos de vida.
...
Num breve momento, Ele parou.
Virou-Se para trás, olhou-me nos olhos
De forma que eu não conseguia sentir outra coisa que não fosse amor.
Com um leve sorriso estampado no rosto angelical,
Voltou-Se novamente para frente e prosseguiu saltitante, sem olhar para trás.
Assim, meu suspiro inquietante
Calou-se na escuridão dos meus pesadelos
E eu adormeci em paz para nunca mais acordar.